Recriar buracos negros em laboratório é uma perspectiva fascinante que poderia revolucionar nossa compreensão da física. O professor Óscar del Barco Novillo, renomado físico da Universidade de Múrcia, explora essa intrigante possibilidade em seu artigo recente, destacando o potencial do Grande Colisor de Hádrons (LHC) como uma ferramenta teoricamente capaz de realizar tal proeza. Neste artigo, examinaremos as implicações dessa pesquisa e os riscos percebidos, mergulhando nas complexidades dos buracos negros e nas simulações computacionais realizadas no Cern.
Criando Buracos Negros em Laboratório
O professor Novillo descreve a máquina teoricamente capaz de criar buracos negros como o LHC, o maior e mais poderoso acelerador de partículas do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares. Ele destaca as simulações de buracos negros realizadas no LHC, baseadas em colisões entre partículas subatômicas que poderiam gerar microburacos negros “reais”. No entanto, é crucial compreender que essas simulações não reproduzem buracos negros astronômicos, mas sim características específicas desses fenômenos cósmicos.
A Controvérsia Inicial
Quando o LHC foi ativado, surgiram preocupações sobre a segurança dos testes, levantando a possibilidade de criação de microburacos negros que poderiam crescer às custas da massa terrestre. Novillo reconhece essas preocupações, mas ressalta que a chance de tal evento ocorrer é extremamente remota. Ele tranquiliza, explicando que os buracos negros gerados seriam microscópicos e não apresentariam ameaças cosmológicas.
Os Microburacos Negros e seus Riscos
Novillo enfatiza que os microburacos negros criados no LHC teriam massas insignificantes, trilhões de vezes menores que um próton, e se desintegrariam quase instantaneamente. A observação experimental desses eventos seria emocionante para nossa compreensão do universo, e, segundo o professor, totalmente segura. Fabiola Gianotti, diretora geral do Cern em 2015, classificou esses buracos negros quânticos como “inofensivos e inocentes”, acrescentando confiança à pesquisa em curso.
Conclusão
Embora a criação de buracos negros em laboratório seja teoricamente possível, o professor Novillo destaca a improbabilidade de riscos significativos. A pesquisa no LHC não busca gerar buracos negros astronômicos, mas sim explorar características específicas desses fenômenos. Assim, enquanto a ciência avança para novas fronteiras, a criação de buracos negros em laboratório pode ser uma peça crucial no quebra-cabeça do entendimento cósmico. Em última análise, é uma jornada emocionante que oferece insights valiosos sobre as fronteiras da física moderna.